terça-feira, 22 de novembro de 2011



'Eu quero mesmo é alguém me faça mudar completamente de opinião.


Que faça meu corpo querer companhia nos momentos em que minha mente insiste pela solidão."




- Caio, O Fenando.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

guardo dentro de mim um emaranhado de sentimentos que já não podem conviver entre si. São tão antagônicos, tão severos uns com os outros que verás pedaços meus chegando na sua janela, como imãs atrídos pelo mar de eletrons da sua alma. Vermelho, anil, rosachiclete, qualquer coisa q não seja você espero que ainda resista. Eu não sou totalmente sua, não a parte consciente. Eu necessito de um alucinógeno, morfina, alvejante? qualquer coisa que tire seus olhos da minha mente. MERDCHA!


Beatriz Cavadas

segunda-feira, 1 de agosto de 2011




Estava inverno quando eu te deixei. sementes de jasmim, que eu tanto gosto, brotavam mas morriam. durou mais do que todo mundo esperava esse frio. mas o sol saio, e com ele flores nativas e silvestres apareceram. e como era de se esperar as borboletas foram atraidas por seus doces aromas. meu jardim que a tanto não verdejava, por dias recuperou seu vigor. mesmo que acompanhado de tanto frescor venham as traças e lagartas, é tão bom vê-lo assim. sol, vento, serotonina. porém ,minha tão querida flor vermelhinha murchou, e parece que todos que se ergueram em volta dela resolveram me deixar. hoje, eu senti o primeiro calafrio..! Attendez-moi!






Beatriz Cavadas

quinta-feira, 23 de junho de 2011




serve como tristeza olhar ao redor e ver tudo escuro? Sabe aquela vontade de colacar todas as suas coisas em um lençol e ir embora? sei lá pra onde, pois é, tá pulsando. Onde no mínimo eu possa esvaziar minha cabeça ou sentir uma alegria que exploda meu coração. Eu só preciso de um tempo pra mim, pros meus planos, de você. Não tão curto como o que me deram nem tão longo que me fizesse esquecer por completo. Exato.



Beatriz Cavadas

domingo, 12 de junho de 2011





Eu deveria vir aqui hoje e, sensatamente, escrever sobre o vazio de um alguém distante, ou sobre a profunda apatia que me abate sem motivo (mas claramente exposto). O normal seria vagar entre sonhos e desejos, mas não. Eu corri por entre esses desvaneios e não me deixo alcançar. Hoje, logo hoje, depois de tanto me contorcer na escuridão, finalmente estou feliz. Não me diga que é minha torta lógica de girar ao contrário porque eu não acreditarei. Não é normal, dizem, mas estar sozinha hoje é tão liricamente e psicologicamente bom pra mim, que meu inconsciente o procurou porque minha alma sabe. Por isso canto e recito por ai sem saber o porquê. Fingidamente, claro.






Beatriz Cavadas

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Você não existe. Eu não existo.
Mas estou tão poderoso na minha sede que inventei a você para matar minha sede imensa.
Você está tão forte na sua fragilidade que inventou a mim para matar sua sede exata.
Nós nos inventamos um ao outro porquê éramos tudo que precisavamos para continuar vivendo.



Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 16 de maio de 2011







Eu e você nesse encontro esporádico de emoções. Os desconhecidos mais íntimos que nunca souberam. Todas as vezes que conti o riso hoje foi para não transparecer minha agonia de te olhar tão longe. Todas as vezes que demonstrei desisteresse foi para não expressar a angústia de ouvir sua voz tão apática não chamar minha atenção. Hoje, eu não encontrei no seu olhar a doçura de me ver. Tão esquivo, tão vazio. Hoje, eu encontrei a desesperança dos esquecidos e a despedida dos desiludidos. Ontem, você me mostrou que não há mais espaço para meus erros e minhas ilusões. Ontem, eu entendi que eu já não estou no fundo do seu olhar perdido, nem nas suas repentinas recordações diárias. Ontem, eu vi meu espaço se fechar por entre sorrisos de recomeços. Ontem, eu assisti você partir. Hoje, fecho os olhos para não ver o vazio. Mas percebo. Volta.




Beatriz Cavadas