domingo, 27 de junho de 2010

eu nem sei sentir. eu nem sei quando eu devo ir, falar, fazer, sorrir, mexer, remexer ou ficar parada. você veiio e eu nem vi. você foi e eu sorri aliviada. que peso você é. é você. foi você. eu me vi e estranhei. era feio, amarelo e apático. não era inverno nem primavera. era o vazio meio de outono e sem nenhuma sobrevida boa. então eu vi. não deveria, não convinha mas não tinha ninguem pra me dizer. cobrança devida. agora eu vou me mudar e reiventar a mentira em que você não existe. enjoei desse marasmo cosmopolita clichê e vou correr para o desvaneio do litoral. nem sequer ouse uma palavra. hoje a garganta dói e o berro decidio não mais deixa-la. enfarei da tua mesmice, dos disse-me-disse, do nãoseiseé. cata tua cartola, busca teu sobretudo, finge que não deu um ultimo olhar e VAZA.



Beatriz Cavadas

sexta-feira, 25 de junho de 2010



Penso que escapei da minha timidez,
Há um gesto inesperado que me faz corar e regressar, rendido, para ausência de lugar.
O corpo não é um lugar seguro!


Fabricio Carpinejar



- sem mencionar os turbilhhões futuros.