quinta-feira, 28 de abril de 2011



- Não quero pois sei que não posso, luto contra esse sentimento, me esforço!



Tento com todas as forças não transparecer, me contorço em mentiras, me inebrio nas ilusões forçadas, empalideço, enrubesço, corro, fico, desejo. Tudo ao mesmo tempo, agora.


Me percebo anciosa, hesitante, estupefacta com a sua indiferença. Ah Razão, porque me faltas!? Fortalecendo minha loucura, roubando minhas forças.


Você, definitiva e invariavelmente: é sempre você!





Beatriz Cavadas

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Desdém



Andas dum lado pro outro

Pela rua passeando

Finges que não me queres ver

Mas sempre me vais olhando


É um olhar fingidio,

Olhar que dura um instante,

Mas deixa um rastro d'estrelas

O doce olhar saltitante..


É esse rasto bendito

Que atraiçoa teu olhar,

Pois é tão leve e fugaz

Que eu nem sinto passar!


Quem tem um olhar assim

E quer fingir o desdém

Não pode nem um instante

Olhar os olhos de alguem...


Por isso vais caminhando

E se queres a muita gente,

Demonstrar que me desprezas

Olha os meus olhos de frente!...




Florberla Espanca

quinta-feira, 7 de abril de 2011


Quando a mente não tem para onde voar, quando o coração não se eleva há muito tempo, o eclipse da alma cega os olhos e você nunca mais será o mesmo. Que o Amor embale os espíritos dos inocêntes que dançam e dê descanso aquele que estremece.


Para as crianças do Rio.



Beatriz Cavadas

quarta-feira, 6 de abril de 2011


Ah que saudade que eu tenho daquele seu olhar envolvente. Do desejo desmedido de me sentir invadida pela imensidão daquele olhar, e mergulhar numa explosão de sentimentos contraditórios que só você me provoca. De sentir sua mão suada erroaneamente segurar a minha sem que ninguem perceba. E me deixar persuadir pelo seu desejo de me envolver; e egoistamente retrubuir.

Ah como eu queria por dois estantes me afogar nesse guardado mar de desejos. Nesse erro só meu e seu de nos possuir.



Beatriz Cavadas

segunda-feira, 4 de abril de 2011




(In)esperada




Mora dentro de mim uma vontade não dita

que me detém e vibra enquanto o milagre

não começa, enquanto abro todas as janelas

que me lembram as formas mais belas

de se deixar sorri.



Então eu me coloco tão aberta tão disposta e ereta, esperando


na certa o amor envelhecer nos traços de alguém.




(Piscila Rôde)